terça-feira, 11 de maio de 2010

Mente Jovem na Terceira Idade – O que fazer? Por Gabriela Brambilla


Estudos realizados em diversos países comprovam que devido ao grande número de células desativadas na velhice os idosos têm mais dificuldade para o aprendizado e em assemelhar informações atuais.
O nosso cérebro elimina diariamente de 50 a 100 mil neurônios fazendo com que as partes menos usadas do cérebro sejam desativadas ao longo da vida. Por esse motivo, o indivíduo que não é requisitado a utilizar sua memória de trabalho, aquela que guarda os fatos cotidianos, têm dificuldades em aprender pois somente utiliza a memória remota, a qual usa frequentemente ao lembrar-se de fatos do passado, como lembranças antigas. Quem nunca teve um avô ou avó que nunca se lembra do que fez ontem, mas lembra-se de estórias de quando tinha 15/16 anos de idade?
Além destes fatores, temos também os idosos que utilizam mecanismos psicológicos de esquecimento, nos casos em que são psicologicamente abalados e se esquecem subitamente como forma de auto defesa. Como um idoso que é mandado ao asilo por falta de cuidado de seus familiares e simplesmente esquece que jamais existiu alguém cuidando dele.
Diz-se também os estudos que a partir dos 25 anos de idade temos mais dificuldade em assemelhar conhecimento dos mais variados assuntos, pois perdemos 2% de nossas células cerebrais a cada década. E por isso temos que começar desde cedo a exercitar nosso cérebro. Então, o que fazer?
Uma alimentação balanceada antioxidante (rica em vitamina C, E, e em licopeno) e exercícios físicos diários são essenciais para a eliminação dos radicais livres que auxiliam na perda das células cerebrais. Porém, não podemos nos ater somente aos exercícios físicos; temos também que nos exercitar mentalmente assim o cérebro permanece jovem por mais tempo. O melhor exercício para tanto é aprender uma nova língua.
De acordo com um estudo canadiano divulgado recentemente, “ser bilíngue dá jeito em qualquer circunstância da vida. Mas ter duas línguas-mãe ajuda a manter o cérebro jovem”. A idade mais apropriada para o aprendizado de uma nova língua é aos 6/7 anos. Nesta idade a criança está apta a receber e armazenar todos os tipos de informações e, mesmo que não seja usada, permanece armazenada na memória até que seja necessário ser utilizada quando for mais madura.
Todos os tipos de testes com idosos já foram feitos a fim de mostrar as diferenças entre o bilíngue, e o que só fala e tem conhecimento de sua língua-mãe. Os testes foram feitos em adultos jovens entre 30 e 59 anos e em idosos de 60 a 88 anos. Os bilíngües até então apresentavam resultados iguais nos testes cognitivos, de memória e tinham o mesmo nível de inglês. Os resultados apontaram que, segundo Ellen Bialystok, da Universidade York, no Canadá, “metade dos avaliados foi educada em francês ou tâmil em casa, enquanto falava inglês fora de casa. No grupo monoglota, as diferenças entre os adultos mais jovens e os mais velhos correspondiam ao declínio observado em estudos anteriores, explica a especialista, acrescentando que em bilíngues idosos o declínio foi, drasticamente menor” [1]. Ela ainda acrescenta que o estudo de uma nova língua não é um talento e sim é a necessidade de se desenvolver duas línguas diferentes desde a infância.
Por falar em língua tâmil, o logotipo do blog, , é vogal grantha que resulta na letra J.
A felicidade também é um fator que ajuda a manter o cérebro em uma vibração estável além de melhorar o humor e proteger contra problemas do coração, como ataques cardíacos e diversos outros tipos de doenças. O riso protege contra rugas e contra o mau humor, cujos efeitos podem ser gravíssimos (problemas cardiovasculares são muitas vezes causados pelo estresse e mau humor).

Concluindo, o estudo de uma nova língua, seja ela inglesa, espanhola, francesa, ou tâmil é muito bem vindo ao cérebro, pois preserva as células cerebrais e ativa outras funções neurológicas no cérebro como a lógica, a agilidade, destreza e desempenho em tarefas que exigem atenção e memória. Quanto mais cedo começarmos, mais tarde envelheceremos. A leitura, exercício físico e alimentação adequada favorecem ainda mais a juventude mental.
Porque ter avós e avôs contando-nos estórias é muito bom ainda mais quando também podemos ensinar a estes os nossos meios atuais de vida. A vida é evolução e o aprendizado, em todos os aspectos e idades, faz parte!





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Bibliografia / Notas de Rodapé

[1] MARTINS, Paula Pedro - Traduzido e adaptado. Cérebro de bilíngues mantém-se mais jovem. Disponível em: <http://portal.alert-online.com/noticias_de_saude/?key=680B3D50093A6A002E42140A321A2A5C0B683E0A76075276645D79>. Acesso em: 11 maio 2010.

Revista IdadeAtiva. Entre a memória e uma vaga lembrança. Disponível em: <http://www.comciencia.br/reportagens/envelhecimento/texto/env07.htm>. Acesso em: 11 maio 2010.

SÉ, Elisandra Vilella G. Aprender outra língua em qualquer fase da vida aprimora desempenho mental. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vyaestelar/bilingue.htm>. Acesso em: 11 maio 2010.

SOARES, Dr. Alberto de Macedo. Memória nos idosos. Disponível em: <http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/2400/memoria-nos-idosos>. Acesso em: 11 maio 2010.

 


2 comentários:

Ricardo Novais disse...

Olá!

Muito legal o seu blog, excelente este texto!

Beijo, querida.

Vinícius Giffoni disse...

Sabia que se apoiasse iria te ver em pleno sucesso consigo mesma e perante os outros, ótimo trabalho amor, parabéns.
Interessante o artigo, vamos aprender línguas novas entao!!
Belo trabalho e continue assim, interatividade com perfeição.

Beijos linda!

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